Da Serra Gaúcha para Brasília

Quinta-Feira, 18 de maio de 2017

Ascon apresenta demanda para elevar valor dos imóveis do Programa MCMV para as cidades da Região Metropolitana da Serra Gaúcha, igualando aos de Caxias do Sul

O presidente da Ascon, Andrey Arcari, esteve na capital brasileira nesta quarta-feira, 17 de maio, numa tentativa de elevar o valor para imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para cidades integrantes da Região Metropolitana da Serra Gaúcha, principalmente, Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa e Farroupilha. A entidade quer aumentar para R$ 190 mil o valor das Faixas 2 e 3 e para R$ 128 mil a Faixa 1½. O dirigente protocolou o pedido junto a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.

Arcari foi recebido pela Secretária Nacional de Habitação, Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves, com uma boa notícia. Garibaldi e Carlos Barbosa, e demais cidades da Região Metropolitana da Serra Gaúcha, que tiveram os limites dos imóveis reduzidos com a terceira fase do Programa para R$ 105 mil, passarão a contar, até dezembro de 2017, com o retorno do valor de R$ 145 mil. A quantia é para contratar empreendimentos e está garantido até o final da obra para o financiamento dos clientes. “Ficamos felizes com a novidade e aproveitamos para protocolar ofício solicitando que os limites para as cidades que compõem a Região Metropolitana da Serra Gaúcha sejam os mesmos praticados para Caxias do Sul”, explica.

O presidente apresentou argumentos para a solicitação, mostrando a similaridade do mercado imobiliário entre as cidades. “Anexamos e mostramos documentos que comprovam os diferenciais da nossa região. Queremos igualar os valores aos da capital regional, Caxias do Sul para garantir a geração de novos negócios, alimentando boas expectativas. Os valores atuais inviabilizam empreendimentos em Garibaldi e Carlos Barbosa e dificultam obras em Bento Gonçalves e Farroupilha em razão dos custos dos terrenos, materiais e mão de obra. Esta situação se amplifica neste momento de dificuldades do setor”, destaca. Os salários dos profissionais que atuam na área são iguais ou até maiores que os praticados em Caxias do Sul.

Também assinaram o documento os presidentes do Sinduscon Caxias do Sul, Oliver Chies Viezzer; do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), Laudir Piccoli e da Câmara de Indústria e Comércio de Garibaldi, Alexandra Nicolini Brufatto. Junto com o ofício foram entregues dados sobre o desenvolvimento econômico, evidenciados por meio da Revista Panorama Socioeconômico de Bento Gonçalves, Censo Imobiliário de Bento Gonçalves 2015 e 2016 da Ascon, Revista Balanço Econômico 2016 de Garibaldi, além de relatório da Convenção Coletiva de Trabalho de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, que demonstra os maiores salários do Brasil para o setor da construção civil.

A reunião também contou com a participação do deputado federal Mauro Pereira e dos analistas de infraestrutura do Departamento de Produção Habitacional, André Martins Sobreiro e Mônica Balestrin Nunes. Esta é a segunda vez que Arcari vai a Brasília. A primeira foi em 30 de agosto de 2016, quando formalizou a mesma demanda ao presidente da Caixa, Gilberto Occhi. A solicitação foi atendida no final do ano passado quando o Governo Federal confirmou o aumento de R$ 130 mil para R$ 160 mil para imóveis de Bento Gonçalves enquadrados na Faixa 3. A articulação da Ascon contribuiu para a medida, que logo em seguida teve um novo aumento. A partir de fevereiro passou para R$ 170 mil, além de mudanças no subsídio e limites de faixa de renda familiar, corrigidos com base na inflação. A faixa intermediária, de R$ 2,3 mil subiu para R$ 2,6 mil, a de R$ 3,6 mil subiu para R$ 4 mil e a de R$ 6,5 mil para R$ 7 mil. Na faixa 3, o limite de R$ 7 mil passou para R$ 9 mil.

Hoje, a Ascon Vinhedos representa mais de 80 empresas do setor da construção civil de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa.

Diferenciais
Com base no Índice de Desenvolvimento Humano, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi e Farroupilha estão entre as 21 melhores cidades para viver no Rio Grande do Sul, além de outros municípios da Serra Gaúcha. O Rio Grande do Sul também passou a liderar o ranking dos estados com maior número de municípios considerados turísticos no Brasil. Hoje, são 294 cidades gaúchas com esta classificação, muitas delas na Serra Gaúcha, como Bento Gonçalves, Nova Petrópolis, Gramado e Canela. A região possui uma população de mais de 1 milhão de pessoas, um contingente formado, na maioria, por descendentes de imigrantes italianos e alemães.

Das 500 maiores empresas do Sul do Brasil, 32 estão em cidades da Serra Gaúcha, o que comprova o desenvolvimento, o espírito empreendedor e a força da economia na região. Destas, 11 estão localizadas em Bento Gonçalves, Farroupilha, Garibaldi e Carlos Barbosa, figurando na elite corporativa dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. São elas: Grendene, Grupo Tramontina, Lojas Colombo, Todeschini, Ceran, Madem, Unicasa, Vinhos Salton, Crediare, Bertolini Móveis e Newsul.

Justamente por ter uma economia forte e diversificada, Bento Gonçalves atrai olhares do mundo, tanto para quem deseja investir como para quem busca uma nova alternativa de emprego e moradia. Alicerçada em setores como o moveleiro, metal mecânico, vinícola, transportes e alimentação, além do enoturismo que cresce a passos largos, atraindo investimentos no trade, e dos serviços que se expandem para atender, inclusive, uma expressiva demanda de eventos, a cidade é a 14ª economia gaúcha com 14.255 empresas, o que significa que a cidade possui uma empresa para cada oito moradores (População IBGE 2016: 114.203).

Acompanhando este desempenho, vem a construção civil que, segue em constante desenvolvimento. Como consequência, a região se transformou em um importante centro imobiliário gaúcho. Tudo isso levou a expansão urbana rápida ao longo dos últimos anos e a um comportamento de mercado típico.

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